Lombo de Porco, Chutney de maçã e arroz com nozes e amêndoas

Hoje saiu um jantar do sabor que mais amo.
O Chutney e o arroz me levaram, enquanto cozinhava, de volta à India devido ao aroma de seus condimentos.
Tudo começou com a retirada de um lombo de porco do congelador.
Não tinha a mínima idéia do que fazer com ele.

Joguei sal sobre ele e deixei na geladeira por umas 6 horas.
Depois de tanto tempo, resolvi dourá-lo na manteiga desse jeito mesmo, só com sal.
Coloquei junto uns dentes de alho com casca, uma cebola roxa cortada em quatro e dourei  com o lombo.
Você já comeu alho assado? Nossa, uma delícia e não deixa aquele gosto chato na boca.

Experimente!



Depois levei tudo para uma forma refratária e como estava sem caldo nenhum, coloquei uma xícara de suco de laranja por cima. Fui regando a carne com esse caldo de tempos em tempos.
Se o seu suco de laranja for azedo, adoce-o com um pouco de mel ou açúcar.
Levei ao forno 250°C pré-aquecido e lá o deixei. Nem tinha idéia por quanto tempo.
Se você tiver um termometro de cozinha, use-o.
O ponto certo no interior da carne de porco é de 85°C.
Assim que atingiu essa temperatura, desliguei o forno.
Não leva nem 1 hora.


Chutney

Peguei umas 3 maçãs, descasquei e cortei-as em cubos.
Meia cebola branca e cortei em tiras meio grossas.
Dourei a cebola na manteiga, juntei as maçãs, dei uma refogada e juntei uma xícara de vinagre de maçã.
Um pouco de sal e pimenta, dois cravos da India, dois cardamomos abertos e 03 gengibres no xarope cortadas em fatias.
Coloquei um punhado de passas brancas, uma colher sopa de semente de mostarda e 2 colheres de sopa de açúcar mascavo.
Deixei tudo cozinhar em fogo brando até que as maçãs derretessem, apesar de que gosto quando ficam alguns pedacinhos.
Experimentei o tempero.
Para quem nunca experimentou Chutney, ele precisa ficar agridoce e meio picante.
Adoro Chutney com carne de porco de qualquer tipo.
Chutney pode ser, entre outros, feito de manga também, uma delícia.

Açúcar mascavo

Cardamomo (sementes no interior)

Passa pode ser a escura também

Gengibre no xarope

Arroz

Já que eu estava no embalo, resolvi fazer um arroz menos original.
Lavei 1 1/2 xícaras de arroz Basmati, derreti um pouco de manteiga e dourei um tanto de amêndoas inteiras e um punhado de nozes.
Juntei o arroz, refoguei, salguei e adicionei 3 xícaras de água.
Quando estava quase seco, desliguei o fogo e deixei tampado até a hora de servir.

Foi isso, eu sei que parece complicado, mas não é.

O Chutney servi em potinhos de geléia

How to do Swiss Rolls with Burberry print.

Spaghetti caseiro

Parece mentira dizer que em pouco mais de meia hora este prato estava pronto, pois em tão pouco tempo preparei da massa ao molho.
Graças à máquina Kenwood e aos opcionais para massa que finalmente adquirimos, fazer spaghetti em casa virou brincadeira de criança, aliás a minha felicidade era bem parecida a de uma criança no Natal quando ganha aquele presente tão desejado!

Para a massa fresca usei para duas pessoas:

200 g farinha de trigo
02 ovos
sal

A massa foi feita conforme demostrada neste simples vídeo.

Por ela ser fresca, o cozimento em água com sal é muito rápido.

Para o molho branco usei:

6-10 fatias de salmão defumado (usei salmão vermelho)
1/2 cebola branca
02 colheres sopa farinha de trigo
01 colher sopa manteiga
500 ml água
1/2 copo vinho branco
125 g creme leite fresco
02 colheres sopa alcaparras pequenas
02 alcaparras grandes
sal
pimenta

Cortei o salmão em tirinhas, a cebola piquei fininhas.
Derreti a manteiga numa panela, juntei a cebola.
Quando ela estava mais transparente, juntei o trigo e misturei tudo muito bem com cuidado para não queimar.
Adicionei o vinho branco, depois a água e deixei engrossar.
Temperei com sal e pimenta. (não usei caldo porque não queria que o molho ficasse com côr)
Juntei as alcaparras pequenas e o creme de leite.
Testei o sabor.
Se o caldo estiver ralo, dissolva mais trigo num pouco d'água e acrescente ao molho.
Por último acrescentei as tirinhas de salmão. Reservei algumas para a decoração.

DICA: nunca deixe um molho branco parado para não criar crosta. Coloque um plástico filme sobre o molho, encostando sobre toda a sua superfície para evitar crostas.

Fritar cebola, adicionar a farinha

vinho e água. Temperar

Pronto com creme de leite, alcaparras e salmão

Decorado com algumas fatias de salmão e alcaparra grande

O momento esperado!!

Nada se compara a uma boa massa feita em casa.
Que é rápido, divertido e DELICIOSA eu garanto.

Fotos e vídeo: Arquivo Pessoal

Spätzle

Spätzle, outra receita típica suíça que gosto muito e que minha família no Brasil também adotou no cardápio há anos!
Quando passei a receita do Zürcher Geschnetzeltes, disse que ele era tanto consumido com Rösti ou com Spätzle.
No outono, Spätzle é encontrado nos pratos de caça.
O prato acima fiz carne de veado ao vinho tinto com couve de Bruxelas e castanhas caramelizadas.

Ele é muito fácil de fazer, de massa muito simples.
Para quem não tem o acessório necessário, aconselho colocar a massa sobre uma tábua de carne e ir tirando a massa com uma faquinha.
Outra possibilidade é pegar aquela parte interna de uma espagueteira, a de furinhos, que dá certo também.
O importante é ter algum utensílio com furos.

Foto: Espagueteira oferecida no 'Mercado Livre'

Para 3 - 4 pessoas você precisa de:

400 g farinha de trigo
03 ovos
01 colher cha sal
200-250 ml água/leite... (eu uso mais leite que água, 200 leite, 50 água ou 150 leite, 100 água)

Bata tudo muito bem num processador ou se preferir manualmente mesmo.
Deixe descansar por 30 minutos.

Numa panela grande, ferva água com sal.
Depois que levantou fervura, abaixe um pouco para que não fique espirrando para todos os lados e te queimar.

Pegue um pouco da massa e passe pelo utensílio com furinhos, usando uma espátula.

Assim que os Spätzles subirem, retire-os com uma espumadeira e coloque-os sobre um guardanapo limpo para secar.

Depois de passada toda a massa, coloque um pouco de manteiga ou óleo numa frigideira e aos poucos doure-os antes de servir.
Se não for consumir a massa toda num dia só, guarde-o na geladeira sem dourar e doure somente no dia a ser usado.
Pode ser congelado também.

Quanto mais mole estiver sua massa, mais compridinhos sairão seus Spätzles.
Mais consistente, mais grossinhos.
Eu prefiro um meio termo.

Para quem observou detalhes, viu que a farinha de trigo que uso aqui é diferente, amarelada.
Ela é própria para esse prato. Chamada de 'farinha de trigo dura'.
Não sou expert no assunto, mas a farinha de trigo branca, também dá certo.
Se tiver na sua cidade a farinha própria para fazer macarrão caseiro, use-a.

En Guete!

Fotos: Arquivo Pessoal

Um pão meio diferente

Com Halloween se aproximando, resolvi fazer alguma coisa sobre o tema.
Saiu esta aranha horripilante com a mesma massa da receita de Zopfbrot que postei anteriormente.
A única diferença na massa é que usei 2 colheres de sopa de açúcar para ficar pão doce.
Com a ajuda das fotos, você poderá ter noção de como foi feita.

Fiz corpo com mais ou menos 370 g de massa, cabeça com uns 170
Coloquei sobre um papel anti aderente deixando um leve espaço entre corpo e cabeça 

Separei oito pernas com uns 50g cada
Como não cabia em uma única forma, assei separadamente
Procedimento igual ao outro, deixar massa crescer os 30-40 minutos antes de assar
Passei gema depois da massa crescida, da próxima vez vou passar ao levar para crescer, pois achei que o peso do pincel abaixou a massa. Não gostei.
Joguei um pouco de coco ralado sobre o corpo para parecer os pelinhos desses peçonhentos.

Fiz com uso de uma faca pontuda 4 furos de cada lado para poder colocar as pernas 

Essa cara 'amável' foi pura coincidência 

Acho uma boa idéia para quem tem crianças em casa e irá festejar o Halloween.

Esta é a única aranha que não me mete medo!!

Fotos: Arquivo Pessoal

Zopfbrot

E dando continuação às comidas típicas suíças...

Se tem uma coisa que curto muito aqui neste país e que sentiria falta se um dia não mais aqui morasse, seria a diversidade de deliciosos pães.
Ainda bem que alguns podem ser feitos em casa, caso desta Zopf que fiz para o final de semana passado.

Traduzido, Zopf significa Trança.
O pão é todo trançado e fica ainda mais delicioso se servido com manteiga e geléia.
Infelizmente com coisa boa deste tipo, tenho que me controlar, mas de vez em quando 'pode', né!!!!

Desta vez não gostei muito da aparência da minha Zopf, mas não importa, pois ela estava DIVINA!

Para executá-la usei:

500 g farinha de trigo
50 g manteiga temperatura ambiente
300 ml leite
30 g fermento fresco ou 7 g seco
10 g açúcar
10 g sal (ou ambos 1 colherzinha de chá)
01 gema para pincelar
1 colher sopa leite

Se você tiver uma batedeira possante, use-a.
Eu, basicamente não coloquei as mãos na massa.

Com o leite morno, dissolvi o fermento fresco. Acrescentei o açúcar.
Juntei a farinha, a manteiga e o sal e misturei tudo muito bem.
Bati com a batedeira, ou para quem não usar, sove a massa até que fique macia.

Deixei descansar por 1 hora.

Após, dividi a massa em 2 partes.
Fiz com cada parte dois rolos de mais ou menos uns 80 cms.
Enrolei-os assim como mostra nas ilustrações.

Deixei descansar mais uns 30-40 minutos.

Pré-aqueci o forno a 220°C.

Após, misturei o leite com a gema e pincelei sobre toda a Zopf.
Não deixe de acrescentar o leite à gema, pois isso faz com que a côr da gema não fique muito escura. Eu usei pouco leite, por isso parece que ficou queimado, mas não estava.

Levei ao forno por 30 minutos.

Batedeira ou não: sovar é o verbo! 

Pronta para descansar e crescer 

Aquele momento que dói o estômago: será que cresceu? ufaaa

Divida em 2 partes iguais

Abra. Existem diversas maneiras de fazer trança, esta é a mais simples.

Enrole uma na outra de ponta a ponta

De preferência, mais regularmente que a minha 

Dobre o enrolado no meio e continue enrolando até ficar deste tamanho e deixe descansar por mais uns 40 minutos. Após, passe a gema.

Tirada do forno

Sem tempo a perder: ainda quente com manteiga e geléia 

Muito bom!

Quente ou fria, uma delícia.
Ela se conserva por diversos dias, mas com certeza não sobrará nenhum pedaço para contar história.


P.S.: E como você certamente também sabe, nunca guarde pães em sacos plásticos!

Fotos: Arquivo Pessoal

Rösti II - DICA

Quando fiz o Rösti para a receita e postar as fotos neste Blog, sobrou um pouco de batata ralada.
Fiquei com pena de jogar fora, então decidi cozinhá-la para poder guardar e usar num outro dia.
Depois de cozida e fria, congelei-a até hoje.

Hoje, com ela descongelada, resolvi fazer Rösti novamente.
Foi a primeira vez que o fiz com as batatas já cozidas.

Gostei muito do resultado, foi rápido e ficou delicioso.

Batatas cozidas dourando na frigideira com óleo 

Procedimento normal como com as batatas não cozidas, mas muito mais rápido

Fritei um ovo à parte e quando o Rösti estava pronto, coloquei o ovo em cima, joguei um pouco de queijo ralado e tampei para que o queijo derretesse.
Se usar queijo, cuidado ao temperar as batatas. Use menos sal.

Fotos: Arquivo Pessoal

Zürcher Geschnetzeltes

Esta especialidade suíça da cidade de Zurique é servida com Rösti, Spätzle e até purê de batata.
Trata-se de um picadinho de vitela e cogumelos ao molho de creme de leite.
Delicioso!

A receita original pede rim de vitela.
Eu não coloco, pois aqui em casa ninguém gosta.
Quem quiser com o rim, acrescente 200 g dele e diminua a carne de vitela em 200 g.

É feita em 3 etapas:

1. carne

manteiga
600 g vitela cortadas em tiras de 1 cm (sem rim)
(200 g rim de vitela)
pouco de farinha de trigo
sal e pimenta

Derreta a manteiga na frigideira, distribua a carne e polvilhe com um pouco de trigo. Ele faz com que a água proveniente da carne fique grossa e ajude no molho final. Mexa bem para que o trigo atinja todas as tirinhas de carne.
Como carne de vitela é molinha, não serão necessários mais de que 3 minutos no fogo.
Coloque a carne em outro recipiente e de preferência mantenha-na quente.

2. cogumelos

manteiga
1 cebola pequena picada finamente
200 g cogumelos de preferência frescos cortados em fatias
01 colher chá de suco de limão

Limpe a frigideira que usou para a carne com um papel de cozinha, coloque a manteiga, doure a cebola, junte os cogumelos e o suco de limão que dá um toque muito especial ao prato. Cozinhe até os cogumelos murcharem.

3. creme de leite

100 ml vinho branco
200 ml creme de leite sem soro
100 ml caldo de carne
01 colher sopa de maizena
sal e pimenta se necessário
01 punhado de salsinha picadinha para o final

Ao creme de leite junte o caldo de carne e a maizena. Misture bem.
Com a frigideira ainda no fogo, junte aos cogumelos o vinho branco e cozinhe um pouco.
Em seguida coloque a mistura de maizena e creme de leite, mexa bem, reduzindo o fogo.
Cozinhe uns 3 minutos.
Assim que o creme estiver mais grosso, coloque a carne, misture bem e deixe mais um pouquinho no fogo sem levantar fervura.
Teste o gosto e se necessário adicione sal e pimenta.
Antes de servir, coloque a salsinha.

NOTA: O creme de leite desta receita contém 35% de gordura em 100ml.
O creme de leite do Brasil contém menos, 25%, por isso ele não é ideal para fazer Chantilly.
Ele também é mais escuro.
O creme de leite fresco tem o mesmo percentual do creme desta receita e igualmente branco.
Usar o creme de leite fresco talvez seja ideal, mas acredito que em pouco mudará a textura do molho se você usar o não fresco.

Se não puder usar vitela, use qualquer outra carne macia e de boa qualidade de sua preferência.
Substituir o cogumelo pelos enlatados também pode, é claro. E quem não curte cogumelos a idéia é substituir por palmitos.

Depois de servido é só dizer:

'En Guete mitenand'!